O RH não fica ileso às transformações sofridas pelo mundo. Sendo assim, podemos observar o surgimento de uma nova versão desse setor, com prioridades e características bem definidas, o chamado RH 5.0!
A sociedade responde às revoluções industriais e mudanças nos processos tecnológicos para evoluir em torno das novas possibilidades. Da mesma forma, o Recursos Humanos acompanha os desenvolvimentos do mercado.
Assim como a indústria foi transformada pela inserção da tecnologia, novas formas de fazer e ver o mundo, atualmente, vemos o surgimento do RH 5.0, que impacta a relação entre empresas e funcionários.
Afinal esse é o setor de staff, responsável por gerir o capital intelectual da organização, promovendo o desenvolvimento das pessoas e consequentemente o crescimento da organização.
Sendo assim, do que se trata esse novo RH e quais são suas principais tendências? É o que abordamos neste post. Se você quer entender melhor o assunto, leia até o final!
A evolução do RH
O desenvolvimento fica mais claro quando observamos as mudanças que ocorreram nos meios de produção e, consequentemente, na relação entre corporação e trabalhadores.
Criou-se o setor de recursos humanos para evitar problemas durante as contratações e demissões. A partir daí, na segunda fase, passa a ser business partner, ou seja, participa da administração do negócio e começa a lidar com promoção de funcionários e cessão de benefícios.
Em uma terceira fase começa o processo de informatização onde ferramentas digitais processam tarefas analógicas. Posteriormente, em sua quarta fase, o RH tem uma intensa transformação digital, na qual deixa de ser apenas um apoio dos processos administrativos e passa a ter papel importante na tomada de decisão.
Dentro desse cenário ocorre a prática da gestão de pessoas com fins estratégicos, e boa parte do trabalho é automatizado.
O RH 5.0 acompanha a proposta de Sociedade 5.0, que tem foco nas pessoas para tornar o mundo um lugar mais inclusivo e focado no bem-estar da população geral. Vemos a convivência de várias gerações no mesmo ambiente e uma visão mais realista da produtividade.
Dessa forma, as empresas passam a ver o sujeito biopsicossocial e entendem a importância de relacionar seus processos as necessidades destes.
Além disso, a própria organização se apropria de sua responsabilidade social, impactando o meio em que está inserida.
As tendências para o RH 5.0
Para que você entenda de que forma essas mudanças irão impactar as empresas e o mercado de trabalho, separamos algumas das principais tendências para o RH 5.0, que já são executadas em várias organizações de sucesso.
Automação de processos
Em primeiro lugar, a automação pode ser vista como consequência da tecnologia presente em nossa rotina diária. Com tantas soluções digitais, as empresas aderem às ferramentas capazes de facilitar o trabalho.
Entre essas soluções estão softwares para ajudar na gestão de pessoas, auxiliar as avaliações de desempenho, otimizar trabalhos repetitivos (como confecção de folhas de pagamento), entre outros processos.
Essa automação provoca vários impactos positivos: economia de tempo, melhor aproveitamento das horas trabalhadas, aumento da segurança de dados, menor incidência de erros, aumento da produtividade, entre outros.
Em resumo, a automação de processos transforma os processos que eram realizados manualmente, em procedimentos realizados a partir da alta tecnologia.
No entanto, é muito importante enfatizar que a automação de processos não visa substituir a presença humana nas organizações. Seu intuito é otimizar os processos e dessa forma proporcionar aos colaboradores mais tempo disponível para processos que dependem exclusivamente da cognição e emoção humana.
Assim sendo é muito importante que para a automação dos processos, alguns passos sejam seguidos pelo setor de recursos humanos:
1 – Entender as necessidades do negócio;
2 – Mapear todos os processos;
3 – Escolher a melhor solução tecnologia para o perfil da empresa;
4 – Disponibilizar treinamentos para a equipe;
5 – Realizar o monitoramento do processo.
Seguindo esses passos é possível realizar a automação dos processos de maneira eficiente evitando surpresas desagradáveis no andamento do processo. Além disso, o monitoramento do processo de automação, permite a mudança de planos e até a troca dos softwares contratados, caso seja necessário.
Gamificação
Em segundo lugar, a gamificação é uma tendência bem interessante e propõe mudanças significativas nos treinamentos. Ou seja, esse conceito utiliza elementos de jogos (games) para aumentar o envolvimento e a motivação do funcionário com a atividade proposta.
Pode ser instituída uma pontuação para a realização de tarefas ou conclusão das fases do treinamento, por exemplo. São comuns as recompensas pelo alcance de objetivos, que não precisam ser monetárias ou de alto valor.
Os recursos de gamificação também podem ser usados para aumentar a produtividade ou estimular o desenvolvimento dos colaboradores.
Dentre os benefícios da gamificação, podemos destacar:
1 – Criação de um ambiente favorável à motivação e criatividade;
2 – Promoção de um ambiente organizacional menos estressante;
3 – Melhoria da comunicação interna;
4 – Fortalecimento da cultura organizacional;
5 – Aumento da participação dos colaboradores nos treinamentos organizacionais;
6 – Promoção de uma cultura de aprendizado contínuo e melhor aproveitamento dos conhecimentos adquiridos.
Claro que os benefícios não se resumem aos apresentados aqui. Em cada organização é possível extrair maiores benefícios, à medida que a gamificação vai sendo inserida em seus processos de rotina.
O importante é que salientar que a gamificação possibilita a combinação do trabalho com atividades que despertarão maior interesse dos colaboradores. Dessa forma, é possível perceber o aumento da produtividade como um dos seus benefícios.
Além desse, outros benefícios impactarão de forma positiva, a vida profissional de seus colaboradores e a organização.
Treinamentos online
Não foram só os processos internos das empresas que sofreram os impactos da tecnologia. Além disso, o ensino também mudou com a chegada dos cursos EaD, que permitem que o aprendizado seja feito online.
O treinamento online é uma possibilidade de aperfeiçoar as habilidades e competências de seus colaboradores através de atividades realizadas à distância.
Esses recursos podem ser muito bem aproveitados pelas corporações, que, ao investirem em treinamentos online, conseguem passar conteúdos relevantes aos colaboradores por um custo menor, com máximo aproveitamento.
Afinal, os cursos online podem ser gravados apenas uma vez e reutilizados com frequência. Eles dispensam a necessidade de presença física, tanto dos colaboradores quanto dos palestrantes, o que traz uma boa diminuição nos gastos para a produção desses treinamentos.
Além disso, os cursos online têm maior adesão por parte dos funcionários, que podem estudar pelo próprio celular nas horas vagas.
Sua aplicação é prática e para implantar os treinamentos online, basta se atentar para alguns passos:
1 – Defina a necessidade do seu público-alvo;
2 – Escolha o formato de treinamento (aqui é possível unir o treinamento online e a gamificação para resultados ainda mais promissores);
3 – Crie e promova uma cultura de aprendizado.
Certamente, esse último passo é o mais importante para que o treinamento online dê certo. Afinal, disponibilizar conteúdos relevantes e investir em plataformas de treinamento online não é o suficiente. É preciso que a empresa fomente essa cultura de aprendizagem contínua e proponha ações que criem valor para essa cultura.
Uso do People Analytics
A adoção de tantas ferramentas digitais permitiu o acúmulo de um enorme volume de dados, que costumam ser usados de maneira estratégica para melhorar a gestão.
No setor de RH, podemos falar do People Analytics, que é o processo de coleta, organização e análise de dados dos comportamentos das pessoas. Sendo assim, a partir dessas informações, é possível entender alguns padrões que auxiliam na tomada de decisão.
Essa tecnologia também pode ser usada para melhorar contratações, promover programas de treinamentos mais eficientes, estruturar pacotes de benefícios que contemplem melhor o funcionário, entre outras estratégias.
Com a utilização do People Analytics é possível obter e trabalhar dados desde o nível descritivo, para entendimento dos fatos ocorridos até o nível prescritivo, onde é possível ter uma perspectiva de problemas futuros, e dessa forma poder minimizar seus impactos na equipe e na organização.
Foco no colaborador
Uma das mudanças mais significativas do RH 5.0 é a relação entre empresa e empregado. Antes, os funcionários eram vistos apenas como peças de uma linha de produção, que deveriam entregar o máximo de resultado possível.
Hoje, é claro que ainda há pressão por uma boa performance. No entanto, as organizações mais modernas já entenderam a importância da valorização e do bem-estar do profissional para o bom desempenho.
Por isso, há uma preocupação em oferecer as melhores condições de trabalho, a fim de manter a boa saúde física e mental dos empregados. Funcionários saudáveis e satisfeitos com o que fazem são mais motivados, engajados e produtivos.
Assim sendo, ações de qualidade de vida no trabalho, são cada vez mais presentes nas organizações.
Partindo da visão desse colaborador como sujeito biopsicossocial, as organizações têm buscado entender como é possível criar ambientes interativos, que permitam sua intervenção em situações que são importantes para seus colaboradores.
E através dessas intervenções, estabelecer uma relação de proximidade, estreitando os vínculos de confiança e promovendo a valorização desses talentos.
O resultado é a formação de equipe de alta performance, engajada nos processos da organização, responsável pelo alcance dos objetivos e consciente da importância que a empresa dá não só para seus resultados, mas para o equilíbrio saúde e trabalho de seus colaboradores.
Flexibilidade
Lembra quando citamos a visão de produtividade? O “trabalhar” significa ficar no escritório das 8h às 17h, mas sabemos que essas horas não são totalmente produtivas, além de resultarem em uma rotina extremamente desgastante.
Por fim, a flexibilidade propõe o foco na produtividade, com atenção à conclusão de projetos. Horários alternativos e trabalho remoto são uma realidade no RH 5.0, que conta com ferramentas para gerir o funcionário a distância. Ou seja, é uma proposta que traz um rendimento muito maior, com conforto e liberdade para o trabalhador.
Podemos considerar essa flexibilidade como uma ação de foco no colaborador, já que considera que a produtividade está ligada ao bem-estar e ao ambiente mais confortável para o desenvolvimento das atividades.
Assim sendo, é possível perceber que todas as ações propostas pelo RH 5.0 estão diretamente ligadas. E o mais importante: todas elas buscam o desempenho de alta performance vinculado à valorização do capital intelectual da organização.
Concluindo
Somadas todas as ações apresentadas acima, é fácil entender os motivos do RH 5.0 ser considerado uma revolução na gestão de pessoas. Todos esses fatores colocam o setor de recursos humanos numa posição de vantagem, frente as mudanças do mercado.
O RH 5.0 visa fomentar relações de trabalho mais humanizadas, promovendo a mudança na mentalidade das organizações. Dessa forma, coloca o sujeito trabalhador em lugar de destaque e prepara a empresa para identificar, valorizar e reter seus talentos.
O resultado disso é a promoção do employee experience e o employer branding, colocando essas empresas em rota de crescimento, transformando sua marca na empresa dos sonhos de todo trabalhador. E claro, contribuindo para a formação de uma equipe de talentos com alta performance e trazendo resultados exponenciais para a organização.
E você, está preparado para a nova abordagem? Muitas empresas já lidam de maneira orgânica com essa realidade, outras precisam desenvolver a inclusão digital. Por isso, de qualquer forma é importante alinhar a isso para manter a competitividade.
Sendo assim, com o RH 5.0, é essencial ter parceiros capazes de oferecer a tecnologia que a sua empresa precisa para automatizar os processos com eficiência e focar na parte estratégica do negócio. O objetivo é pensar em ações capazes de valorizar o ser humano e promover a qualidade de vida.
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