E se meu smartphone falasse? Vamos falar de tecnologia!

(…) As soluções móveis são um fato na gestão de capital humano; os smartphones e tablets são uma realidade na vida das pessoas; e a espera no trânsito e aeroportos são o carma de qualquer pessoa na vida real (…) Mas, e se meu smartphone falasse?

Se meu smartphone falasse

“Estou preso no trânsito. Dentro de um táxi. O semáforo abriu. Fechou. Abriu. Fechou… No carro vizinho, a mãe tenta apartar a menina com a boneca na mão e o menino que tentava surrupiar a tal boneca. A mãe agora dá uma boa bronca nos dois, contritos, encostados em suas cadeirinhas… Agora ela fita o semáforo vermelho e o garotinho volta a puxar a boneca da mão da garota… A mãe volta a olhar para trás…

Se meu smartphone falasse

“Nossa, há quanto tempo estou parado neste cruzamento? Nada flui, roda… E não é que tenho que analisar os dados de rotatividade da empresa e preparar uma análise de indicadores de gestão de pessoas para a semana que vem? Gestão… é, como bom gestor preciso preparar a minha conversa quinzenal com a equipe para falar de desempenho… nossa tenho um monte de coisas para anotar sobre fatos recentes, cadê meu notebook? Para o Fábio, seria bom até programar sua participação no Programa de Desenvolvimento de Liderança… Já a Paloma… acho que está na hora de abrir uma posição no sistema para substituí-la.

Se meu smartphone falasse

“E por falar em substituição… aquelas vaguinhas na área de Serviço de Atendimento ao Cliente estão atrasadas… ou então, estariam no prazo? Caramba! A reunião é amanhã! Quer saber de uma coisa? Acho que vou pedir para dar uma paradinha aqui no Hamburgão e abrir meu notebook enquanto espero a coisa toda desafogar…. Vixe, abriu o semáforo… Andou! Mas não deu para passar… e o restaurante ficou para trás!!!”

Full time em smartphones

Tudo bem que não é um fluxo de consciência digno da Clarice Lispector, mas bem que é muito próximo da realidade em muitas cidades pós milagre do consumo. Só não é mais real porque falta um elemento chave de entretenimento e ocupação nessa história toda: há já muito tempo que não paramos para olhar os carros, fitar o semáforo, abrir a janela e preencher nossos pulmões com gás carbônico… estamos full time em smartphones! Estamos com esses equipamentos perigosamente atraentes não só enquanto esperamos, mas também enquanto dirigimos, caminhamos pelas ruas, esperamos o metrô, comemos em família, assistimos cinema, vamos ao banheiro e dormimos.

Remuneração

E resolvemos todos os assuntos da vida: discutimos a relação com a esposa via Whatsapp … ou mesmo pedimos o divórcio; pagamos contas e ganhamos dinheiro; jogamos, assistimos filmes e nos irritamos com as notícias.

Enfim: o mundo  se tornou complexo e o homem inventou o smartphone, e seu irmão maior o tablet, para que pudéssemos sobreviver a ele.

A facilidade

Entretanto, e nos assuntos de capital humano, o caminho é esse também. Lembra-se do tal fluxo de consciência do começo? Então, tudo o que passava pela cabeça desse executivo genérico de RH pode ser resolvido via um aplicativo de celular que se conecta com sua solução de capital humano. É o tipo de coisa que dá para falar com tranquilidade: mas se você ainda não tem, vai ter que ter em breve.

Imagine o líder de uma área parado no aeroporto com todas aquelas preocupações na cabeça. Ele pode assim, tranquilamente abrir uma posição no smartphone, acompanhar o processo seletivo e analisar os cvs, sem mudar de aplicativo ou abrir e-mails. E se estamos naqueles complexos processos de movimentação salarial? Ele pode selecionar quem vai receber que ajuste, além de ter uma ideia do impacto dessas decisões sobre a verba. No caso da gestão de desempenho: não falamos que gerenciar desempenho é uma atividade contínua? Pois então, o gestor pode aproveitar seu tempo no café do aeroporto para lançar no sistema suas observações do período para sua conversa quinzenal com um colaborador.

Desenvolvimento

Mas, qual o mantra dessa área? Aprendemos enquanto fazemos as atividades ou nos desenvolvemos mais pela atuação do que pelo treinamento. Dessa forma, a mobilidade ajuda que essas duas coisas, trabalho e treinamento, possam ser conciliadas. Por exemplo, as tais “pílulas” de conhecimento podem ser disponibilizadas na medida em que a pessoa estiver atuando num projeto ou realizando alguma atividade. No entanto, uma vez identificada pelo sistema, o smartphone recebe mensagens ou links para conteúdos customizados.

E a tal pulse survey? Pesquisas de clima pontuais ou sobre temas específicos podem ser enviadas ao celular e respondidas a qualquer momento.

Com certeza os mais antiquados poderão ficar preocupados sobre a qualidade das decisões ou ações de quem está parado no trânsito ou num barulhento café de aeroporto. Mas, em defesa das soluções móveis, devo alertar que esses locais e momentos tendem a ser os mais tranquilos na atribulada vida de executivos. Ou então, seriam os 7 minutos entre reuniões no escritório, ou as análises pontilhadas de interrupções e assuntos urgentes e importantes?

Resumindo: as soluções móveis são um fato na gestão de capital humano; os smartphones e tablets são uma realidade na vida das pessoas; e a espera no trânsito e aeroportos são o carma de qualquer pessoa na vida real.

 

P.S.: muito provavelmente, o executivo genérico de RH do começo deste post deve estar ainda parado no trânsito, mas agora olhando seu smartphone…

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