Acompanhe nesse artigo essa nova tendência em gestão de pessoas: a redução da jornada de trabalho e entenda os pós e contras dela.

O que é capaz de garantir a motivação e engajamento constante de um time? Esse é um dos desafios dos profissionais de recursos humanos e da liderança. Certamente, motivação tem diversos fatores. Parte dela é intrínseca, e depende do próprio colaborador e suas vivências pessoais.

No entanto, outra parte dessa motivação pode ser estimulada pela organização.  E na proposição de ações que estimulem a motivação da equipe, os profissionais de RH encontram diversos obstáculos. Afinal, nem todas as ações propostas por esse setor, podem alcançar todos os colaboradores. Aqui, fatores intrínsecos e extrínsecos se encontram, se misturam e se dividem.

Nesse sentido, todos os dias, novas tendências em gestão de pessoas surgem. Pesquisadores, empresas e colaboradores buscam alternativas que unam motivação, produtividade e qualidade de vida. Aliás, qualidade de vida é um dos fatores de motivação que podem e devem ser estimulados pela organização.

Sendo assim, no artigo de hoje, queremos trazer para você uma reflexão a respeito de uma tendência de RH que tem sido bastante discutida no Brasil: a nova jornada de trabalho.

Para isso, iremos conversar sobre as vantagens e as possíveis desvantagens dessa tendência.

Quer entender melhor? Acompanhe com a gente.

A jornada tradicional

De acordo com a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), a jornada de trabalho no Brasil varia entre 40 e 44 horas semanais, não podendo ultrapassar essa última. Assim sendo, o trabalhador brasileiro atua em média 8 horas diárias em sua estação de trabalho.

Essa também é a prática adotada em quase todas as empresas ao redor do mundo.  Obviamente, essa prática tem uma explicação. E, como a maioria das mudanças nas relações de trabalho, ela se inicia após a Revolução Industrial.

Anterior a ela, as jornadas de trabalho eram extensas e chegavam a durar até 16 horas ininterruptas. Essas jornadas extensas eram justificadas como uma forma de aumentar a produtividade e a lucratividade. Pelo menos, era o que se acreditava na época.

Após a Revolução Industrial, o modelo de trabalho foi alterado, considerando a necessidade de descanso, como fator de manutenção da qualidade do trabalho. Dessa forma, o que prevalece até hoje é a perspectiva de uma jornada que considere 8 horas de trabalho, 8 horas de sono e 8 horas de descanso.

No entanto, esse modelo se encontra diante de um grande questionamento: é possível proporcionar maior tempo de descanso e aumentar a produtividade de uma equipe?

Pelo que parece, essa é uma nova possibilidade. Pelo menos é o que algumas empresas pelo mundo e no Brasil tem defendido.

A proposta é uma jornada reduzida, que proporcione maior período de descanso e, com isso, promova maior produtividade. A oferta é de uma jornada semanal de 32 horas, ou 4 dias na semana, sem, no entanto, realizar redução salarial.

A expectativa dessa nova jornada de trabalho é a retenção de talentos, formação de equipes de alta performance e cuidado com a saúde integral dos trabalhadores, principalmente, a saúde mental.

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As prováveis vantagens da redução de jornada

Mas será que aderir a essa nova jornada de trabalho é realmente vantajoso?

Certamente, após a Revolução Industrial, a limitação da jornada de trabalho causou bastante desconfiança nas empresas. A perspectiva de diminuir o tempo de ação dos trabalhadores era assustadora e colocava em risco o foco do negócio: a lucratividade.

No entanto, o avanço tecnológico proporcionou uma enorme contrapartida: o trabalho operacional foi automatizado e, com isso, os colaboradores passaram a atuar com foco estratégico.

Considerando isso, a redução da jornada de trabalho coloca em ação uma preocupação do RH 5.0: a experiência do colaborador.

As práticas em employee experience levam em consideração: saúde mental, qualidade de vida no trabalho, satisfação, motivação, desenvolvimento profissional, entre outras questões.

Sendo assim, dentre as vantagens da redução da jornada de trabalho, é preciso considerar o aumento da qualidade de vida do colaborador, com mais tempo livre. Tempo esse que pode ser usado para atividades mais prazerosas e até para resolver questões pessoais.

Aliás, como a cultura de trabalho é que as folgas sejam nos finais de semana, é muito comum que os colaboradores esperem pelas férias, para resolver questões pessoais e até médicas.

Dessa forma, proporcionar uma jornada de trabalho reduzida, permite que esse colaborador resolva suas questões pessoais e assim esteja totalmente focado em suas atividades no trabalho.

Isso resultará em uma equipe mais saudável, menos estressada, com maior interesse pelo trabalho e, portanto, mais focada, motivada e produtiva.

Ganha a equipe e ganha a empresa, que se destaca através do fortalecimento da marca empregadora.

E as possíveis desvantagens?

Apesar do esforço das organizações para criar um ambiente motivacional para seus colaboradores, a semana de trabalho de 32 horas, pode não ser a alternativa ideal à promoção da produtividade.

Isso porque, considerando a demanda de atividades, é possível que a redução da jornada acabe ocasionando sobrecarga de trabalho. Essa sobrecarga, por outro lado, impacta negativamente as expectativas da empresa para essa nova jornada. Como resultado, é possível que a equipe fique mais estressada, menos motivada e acabe se tornando improdutiva.

Além disso, é preciso considerar que no Brasil, a cultura de trabalho favorece a sobrecarga e o trabalho intenso. Portanto, iniciativas como essa são vistas com bastante resistência.

Dessa forma, sua implantação depende de alterações na legislação trabalhista que obrigue a mudança de jornada, favorecendo com isso a adesão das empresas. Principalmente, em se tratando da manutenção salarial.

Concluindo

Em suma, no Brasil não existe nenhum impeditivo de redução da jornada de trabalho. No entanto, jornadas menores são remuneradas de forma proporcional ao tempo de trabalho. Dessa forma, o desafio é a redução, mantendo as faixas salariais.

Além disso, a redução de jornada de trabalho esbarra em outros obstáculos, como a digitalização de processos. Proporcionar menor tempo no espaço de trabalho exige que as empresas invistam em tecnologias que sejam capazes de automatizar processos burocráticos.

Com isso, é possível proporcionar não só o aumento da produtividade, mas também o desenvolvimento de habilidades estratégicas na equipe.

Cabe as empresas analisarem criticamente as mudanças do mercado e se empenharem para oferecer para seus colaboradores a alternativa que melhor atenda as expectativas deles e as necessidades do negócio.

E falando em tecnologia, que tal oferecer para o seu RH uma vantagem competitiva em gestão estratégica de pessoas? Quer saber como? Entre em contato com a equipe da SER e solicite uma demonstração da plataforma SER HCM.

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