A pandemia causada pela COVID-19 trouxe novas preocupações para a gestão de pessoas. Acompanhe nesse artigo as principais mudanças causadas pela pandemia e como isso afetou o RH do futuro.
2020 foi um ano de diversas transformações no mundo e no mercado de trabalho. O setor de Recursos Humanos se viu em meio a um furacão. Foi preciso que o setor responsável pela gestão de pessoas, nesse momento extremamente delicado, se desdobrasse e se reinventasse para manter e engajar seus talentos.
O mundo todo viveu momentos de grande medo, tensão e instabilidade. Milhares de pessoas perderam conhecidos e familiares em decorrência da pandemia da COVID-19. No Brasil, em março de 2020, empresas, escolas, hospitais e demais locais públicos se atentaram para os alertas e orientações da OMS e iniciaram um processo de precaução, com ações pontuais de preservação e cuidado.
Diante da necessidade de isolamento social para controlar a propagação da COVID-19, as organizações buscaram outras maneiras para não parar seu negócio e seguir com suas atividades. A preocupação da gestão de Recursos Humanos girou em torno do bem-estar dos colaboradores. Essa situação criou um ambiente de tensão e ansiedade, que exigiu do RH um investimento em novos conhecimentos e novas possibilidades para manter a equipe tranquila, segura e produtiva.
Assim sendo, os impactos da pandemia transformaram a forma de fazer gestão de pessoas nas organizações. Apesar das perdas e das dificuldades, houve avanços e transformações que permitiram ao RH um novo olhar sobre o capital intelectual das empresas.
Quer saber mais sobre os impactos dessa pandemia na gestão de pessoas? Continue a leitura e veja quais novidades tecnológicas e em gestão de pessoas que as empresas terão para essa nova realidade.
Um novo cenário
A pandemia da COVID-19 obrigou diversas empresas a adotarem uma nova realidade: o trabalho remoto, ou seja, o home office. As organizações criaram o comitê de crise para centralizar e direcionar as ações frente a este novo cenário. Foi preciso que esse comitê se antecipasse as situações de risco, buscando informações confiáveis e atuando em frentes muitas vezes desconhecidas.
Para o futuro, espera-se a atuação permanente do comitê de crise, entretanto, sempre com ética e cuidado na tomada de decisões que envolvem colaboradores, parceiros e clientes.
Com seus colaboradores em casa, as empresas tiveram que se reinventar e incentivar a comunicação remota, como por exemplo, reuniões por videochamadas. Essas são iniciativas que vieram para ficar. As últimas pesquisas apontam que o trabalho híbrido, acabou se tornando a preferência de muitas empresas e colaboradores.
O desafio para a gestão de pessoas é como gerenciar o desempenho da equipe à distância, visto que foi possível perceber que alguns colaboradores, dotados de autogestão permaneceram produtivos e até elevaram o nível de desempenho. Em contrapartida, outros apresentaram dificuldades de adaptação, comprometendo os resultados.
Nesse sentido, cabe ao setor de recursos humanos estabelecer uma política de trabalho remoto que seja clara quanto à metodologia de trabalho home office, estudando atentamente os perfis que compõe as equipes da empresa e definir quem são as pessoas selecionadas para estar em casa e como será feito o acompanhamento.
Além disso, é preciso alinhar as expectativas da empresa e a conduta dos colaboradores. Tendo em mente que o trabalho remoto exige apoio à equipe e comprometimento por parte da equipe quanto à confiança depositada pela empresa.
Inovações tecnológicas
Com a rotina de trabalho home office, o trabalho se tornou mais flexível. A solução imediata para enfrentar o momento de pandemia e a exigência de isolamento social, foi a implementação de sistemas e suporte tecnológicos mais inovadores para facilitar o trabalho móvel.
Dessa forma, os líderes acabaram descobrindo como as equipes podiam colaborar à distância e precisaram buscar meios de desenvolver a habilidade de gerenciar com base em resultados e objetivos, e não pela presença dos colaboradores.
Com a retomada das atividades presenciais, as empresas buscam repensar a forma de trabalho. É necessário redobrar as técnicas de limpeza, manter o distanciamento físico entre as pessoas e identificar a real necessidade de os colaboradores estarem in loco. Mesmo acostumados com o conforto que a tecnologia proporcionou no passado, todos se tornarão mais adeptos às soluções tecnológicas pós-pandemia.
Com a utilização de novos sistemas, alavancando a tecnologia na rotina de trabalho, é possível oferecer suporte remotamente, arquivar e acessar informações em tempo real e de qualquer local. Além disso, por mais que pareça difícil, é possível controlar a produtividade e desempenho dos colaboradores no home office.
Os gestores podem criar tarefas para sua equipe, acompanhar a evolução das atividades, medir a produtividade e resultados, criar indicadores e mensurar tempo de trabalho. Desta forma é possível criar um plano de ação para processos críticos e tomar decisões de forma mais assertiva.
Sem falar que a adoção de softwares de gestão, aceleraram a automação de processos, permitindo que as equipes de tornassem mais estratégicas e otimizando os processos operacionais.
Mudanças para o futuro
O novo cenário trouxe muitas mudanças para a área de Recursos Humanos dentro das organizações. Sendo assim, as empresas passaram a se preocupar também com o cuidado em relação à saúde mental e emocional de seus colaboradores.
Caminhando em direção as mudanças já previstas pelo RH 5.0, a pandemia acelerou os investimentos em saúde e bem-estar no trabalho. Com isso, promoveu mudanças no ambiente organizacional, que extrapolam o espaço físico, e permitem o aumento da flexibilização do trabalho e proporcionam novos métodos de acompanhamento das equipes.
O RH 5.0 já previa um movimento de foco no bem-estar dos colaboradores. No entanto, a partir da pandemia, as empresas foram forçadas a explorar mais esse assunto, visto que, o momento foi o causador de grande tensão e ansiedade nos colaboradores. As incertezas, receios, medos e inseguranças se tornaram fator estressor, aumentando significativamente os diagnósticos de ansiedade, depressão e compulsões nos trabalhadores.
Diante disso, as empresas estão aprendendo a importância do envolvimento, do apoio e da motivação dos colaboradores, independentemente de onde eles estejam. Antes disso, não sobrava “tempo” para dar atenção a essas questões, mas agora será se faz necessária a disponibilidade de espaços de escuta e intervenção psicológica como suporte aos colaboradores.
Mais uma vez as empresas são chamadas a extrapolarem os limites do negócio, atuando de forma efetiva em intervenções psicossociais, que alcancem seus colaboradores e consequentemente a sociedade, no mundo pós pandemia.
Home office
Com a rotina home office, os meios de interação e produtividade foram modificados. Plataformas como Whatsapp, Zoom ou Teams passaram a ser os meios de comunicação entre as equipes. Os gestores ganharam novas ferramentas digitais de acompanhamento de jornada e produtividade de suas equipes.
Além disso, os líderes, acompanhando o desempenho e produtividade da equipe em softwares e plataformas fica mais fácil e prático de mensurar e identificar onde estão as falhas nos processos e fraquezas dos colaboradores. Assim, as organizações ganham vantagem competitiva frente ao mercado de trabalho.
Esse momento permitiu que os profissionais criassem caminhos, demonstrando a capacidade das pessoas em colaborar e atuar em situações adversas. Como resultado, desenvolvemos soluções criativas e diferenciadas no ambiente de trabalho.
É como se toda a capacidade produtiva dos sujeitos estivesse represada e precisasse de um momento de crise para trazer à existência, soluções inovadoras que tornaram esse o momento de maior revolução tecnológica do mercado.
Concluindo
Em resumo, com esse novo cenário que se abriu diante do mercado, as empresas tiveram que readequar seus processos. Isso, acabou gerando grandes vantagens e mudanças, causadas pela pandemia, para o futuro. Assim, com a redução de despesas com aluguéis de imóveis, redução do absenteísmo, maior interesse dos jovens talentos pelas novas modalidades de trabalho, as empresas encontraram novos espaço de crescimento, mesmo em meio as incertezas.
Dentre as mudanças que ocorreram causadas pela pandemia, a modalidade de trabalho híbrido permanece como uma tendência pós pandemia. Favorecendo com isso não só a redução de custos para as empresas, mas também aumentando a qualidade de vida e saúde dos colaboradores.
Em suma, podemos afirmar que a pandemia foi um momento de aprendizados. Que ensinou as organizações a priorizarem as entregas ao invés de horário, valorizarem o capital intelectual e investir no cliente interno como vantagem competitiva no momento de crise.
Temas como saúde mental, employer branding e employee experience, estiveram em alta em redes sociais, como o LinkedIn por exemplo. Os próprios colaboradores se tornaram embaixadores da marca empregadora, ao serem surpreendidos pelas ações de preocupação e cuidado.
De forma geral, a pandemia tornou as relações de trabalho mais humanas e menos competitivas, tendo como objetivo comum o bem de todos. Essa situação de reflexão, dúvidas e incertezas nos levará a partir de então, a uma sociedade mais colaborativa e ética.
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