Intraempreendedorismo: entenda o que é e como pode transformar a sua empresa

O intraempreendedorismo é crucial para identificar e solucionar problemas, bem como para estimular e reter profissionais talentosos. Abaixo, explicamos como aproveitá-lo na prática. Boa leitura!

O termo “empreendedor” está em destaque e refere-se a alguém capaz de gerar riqueza, solucionar problemas com criatividade e liderar pessoas. Todavia, nem todo empreendedor começa do zero — para entender melhor, é preciso conhecer o intraempreendedorismo.

Antes de explicar o termo, é preciso apresentar os seus benefícios. O intraempreendedorismo pode tornar empresas mais inovadoras e competitivas, bem como estimular o pensamento fora do lugar-comum e reter talentos. Por esses motivos, é de grande relevância.

Nos tópicos seguintes, explicamos o que é intraempreendedorismo, por qual razão adotá-lo e como ele pode ser aplicado em sua empresa. Portanto, continue a leitura atentamente.

Afinal de contas, o que é intraempreendedorismo?

É muito comum falar em empreendedor e pensar em alguém que está criando uma empresa do zero, com pouco dinheiro e um grande sonho. Essa visão romântica é popular, mas não explica com clareza o que é empreendedorismo.

Nem todo empreendedor começa do zero. Alguns já atuam dentro de boas empresas e têm a chance de aplicar suas ideias lá mesmo — são os chamados de intraempreendedores.

Também chamado de empreendedor corporativo, o intraempreendedor já está empregado (ou, no mínimo, trabalhando em uma empresa) e consegue propor e executar soluções para problemas que ainda não haviam sido solucionados. Logo, é um agente transformador.

Nesse aspecto, é alguém capaz de reconhecer problemas, identificar potenciais soluções, elaborar um projeto e colocar a “mão na massa”; sem que, para isso, precise deixar seu local de trabalho. Claro, em grande medida, tudo isso depende da disposição da empresa.

Como estimular o intraempreendedorismo na empresa?

Como visto, é possível aproveitar profissionais que pensam fora do lugar-comum para solucionar problemas antigos e promover o crescimento da organização. No entanto, como fazer com que isso ganhe vida, na prática? É o que explicamos nos tópicos seguintes!

Selecione profissionais com um perfil empreendedor

Há vários perfis de profissionais. Por exemplo, alguns são metódicos, e outros, inovadores. Se você quer estimular o intraempreendedorismo na empresa, é preciso contratar talentos com um perfil empreendedor — que gostam de identificar e solucionar problemas.

Para tanto, vale contar com testes de perfil comportamental. Outra possibilidade é usar dinâmicas em grupo e identificar quem pensa fora do lugar-comum para solucionar os desafios que foram propostos. Ou melhor, o objetivo é contratar mentes empreendedoras.

Pare de microgerenciar os seus talentos

Se você deseja que os talentos resolvam problemas de forma inusitada, é preciso parar de microgerenciar. Em resumo, o microgerenciamento refere-se ao gerenciamento excessivo, no qual o gestor está sempre dizendo o que seu subordinado deve (ou não) fazer.

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Para que o intraempreendedorismo ganhe vida, os talentos devem se sentir livres. Eles devem entender que contam com autonomia para tocar o trabalho diário, fazer mudanças pontuais e sugerir grandes transformações, especialmente se algo não está dando certo.

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O microgerenciamento afeta essa visão. É como se você estivesse dizendo para o profissional “você não é pago para pensar, é pago para fazer o que eu mando”. Por consequência, o mais provável é que a criatividade do talento seja inibida, deixando-o no lugar-comum.

Fale que deseja soluções para os atuais problemas

Muitos profissionais desejam ajudar nos problemas enfrentados pela empresa, mas não sabem exatamente se devem e como fazer isso. Uma medida muito simples — mas pouco praticada — é literalmente falar para os profissionais “precisamos da sua criatividade”.

Explique que você (e os outros líderes) não conseguem resolver sozinhos todos os desafios que a empresa enfrenta. Portanto, os talentos precisam ajudar, oferecer boas ideias e dispor-se a colocá-las em prática. Assim, podem contribuir para o progresso da organização.

Adote a política de portas abertas

Note que, até o momento, você já selecionou profissionais com perfil empreendedor, parou de microgerenciar e disse que eles podem (e devem) ajudar. Mas é só isso? Não, tem mais. É preciso deixar a “porta aberta” para ouvir as ideias dos profissionais.

Há muitas formas de fazer isso. A primeira é, literalmente, permitindo que todo profissional chegue até você com suas ideias. Disponha-se a ouvir os talentos, suas percepções sobre os problemas que afligem a empresa e as potenciais soluções. Ou seja, torne-se acessível.

Outra possibilidade é adotar a famosa “caixinha de sugestões”. Nela, os profissionais podem depositar ideias para a melhoria da empresa ou o aproveitamento de oportunidades do mercado. Quanto mais ideias, melhor; mas, depois, será preciso filtrá-las.

Dê feedbacks aos seus talentos

Infelizmente, muitos talentos sentem que suas ideias não foram ouvidas, muito menos adotadas dentro da empresa. Isso desestimula o intraempreendedorismo — afinal, se o que você disse não teve efeito prático, por qual razão oferecer novas ideias?

Nesse caso, é essencial que o líder ofereça um feedback claro ao seu liderado. Explique se a ideia foi (ou será) adotada e como isso pode beneficiar a empresa. Esse simples retorno gera um ânimo adicional, promovendo uma energia extra ao talento.

Outra possibilidade é oferecer uma recompensa ao talento intraempreendedor, que pode ser financeira ou não. Mostre que a ideia foi adotada e beneficiou a empresa e que, por essa razão, o talento merece ser retribuído. Em alguns casos, essa recompensa pode ser uma promoção.

Como o intraempreendedorismo transformou algumas empresas?

Há várias histórias de intraempreendedorismo em empresas nacionais e internacionais. Um ótimo caso brasileiro é a Positivo Informática, que começou como uma universidade e, depois, com a ideia de um dos seus professores, deu início à fabricação de computadores.

A 3M Company é outro bom exemplo. Ela conta com uma política que permite que seus cientistas dediquem parte do seu expediente a projetos pessoais. O famoso Post-it surgiu a partir desse exercício. O Google atua de maneira semelhante, e o G-mail, um dos principais serviços de web mail do mundo, é somente um dos vários resultados obtidos.

Todos esses casos contam com uma coisa em comum: eles surgiram de funcionários que tiveram suas ideias abraçadas pela alta administração e, atualmente, influenciam, de modo significativo, o desempenho das suas respectivas empresas. E é exatamente este o espírito do intraempreendedorismo — boas ideias que são abraçadas e executadas na empresa.

Veja, agora você está por dentro do assunto. Não deixe que seus talentos tenham que sair da empresa para, só então, empreender. Estimule-os a pensar de maneira inovadora e elaborar soluções para os atuais problemas da empresa. Isso é ótimo para os colaboradores, mas especialmente para a organização, que pode transformar velhos desafios em novos resultados.

Este artigo sobre o intraempreendedorismo trouxe um conhecimento útil? Aproveite para deixar seu comentário em nosso post. Conte-nos suas principais dúvidas, sugestões ou experiências sobre o assunto. Vamos lá!

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